domingo, 13 de fevereiro de 2011

Tudo novo.

Um toque novo, desconhecido, causa calafrio; que por ora, não pode ser relacionado a meras sensações do prazer carnal. Na mente de alguém extrema e intensamente racional, outras questões antecedem a tudo relacionado ao corpo e até mesmo ao coração. O calafrio dessa vez é efeito colateral de uma grande dose de medo do porvir e de marcas que podem ser intituladas de “traumas” relacionados a experiências anteriores.
É sempre muito saudável não projetar pessoas ou situações antigas nas novas, mas na prática isso se torna bem mais complexo do que possa parecer. Uma hora ou outra, inconscientemente, nos pegamos projetando. E conscientemente, isso é algo que sempre confunde e atrapalha suas decisões. E determinados traumas relacionados à grande insegurança, faz com que muitas vezes, na maioria delas, o “não se permitir” prevaleça, privando de viver situações, relações, que poderiam, ou não, ter tomado um rumo distinto das vividas anteriormente. E o mais irônico de tudo, é ter consciência de tudo isso, ter conhecimento de todo os mecanismos de defesa dos quais você faz uso e continuar baseando sua vida exatamente da mesma maneira. Mas como poderia mudar isso tudo sem optar por correr riscos? Simplesmente não mudaria. Portanto, a partir de agora escolho correr riscos, dispondo-me a realizar tudo – e quando digo tudo, sim. Englobo toda infinidade que cabe a palavra – que for necessário para me proporcionar momentos de felicidade. Não basta ser extremamente intensa apenas no que se sente, tem que haver intensidade também em tudo aquilo que se vive. E assim será.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Coisas da madrugada.

Um universo paralelo absurdamente inspirador. Assim defino a madrugada.
O silêncio que é interrompido apenas pelo tênue som do vento passando dificultosamente pelas frestas da janela, pelo grilo que lá fora canta solitário ou pela coruja que prefere admirar todas as noites, toda beleza e encantamento contidos na madrugada. Abrir a janela e sentir na pele a temperatura gélida do orvalho, ouvir o som das folhas bailando nas árvores, sentir o cheiro da terra, do asfalto. Ver uma mariposa voando em círculos na lâmpada que ilumina a rua, agora inócua, hostil, vazia...
É exatamente assim, você escuta o que o dia não te permite escutar, sente cheiros que o dia não te permite sentir. Até seus pensamentos mais ocultos você ouve. Tudo se torna mais leve, instigante, bonito. Um verdadeiro poço de sentimentos e inspiração.
Logo a sensação de paz que todas essas coisas unificadas causam, aos poucos vai cessando. Pelas frestas da janela que antes passava apenas a brisa, começa a passar a luz, que logo anuncia o caos do dia se aproximando. Então toda quietude se vai, toda magia e encantamento logo cessam.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Enfim o fim.

No limiar de toda esperança e paciência, após uma longa trajetória, decidi por reagir. Escolhi retomar toda quietude e paz que um dia me pertenceram, findar toda espera por aquilo que tanto demora, por aquilo que outrora tanto desejei.
Súbito, sarcástico, mordaz, esse sentimento alojou-se de maneira avassaladora.
Levou consigo muitas noites mal dormidas, muita dor sentida, lágrimas, mas se foi. Cedendo finalmente seu lugar a um novo sentimento, menos complexo e mais recíproco, feliz, mais cheio de vida.
Deixou comigo, lições. Ensinou-me que muitas vezes, não temos controle algum sobre o que sentimos.Que por mais que você deseje algo ou alguém, nada justifica estagnar sua própria vida em prol do que quer que seja ou de quem quer que seja. O tempo é muito valioso, e o que se perde, mais ainda.
Que se você não estiver bem resolvido consigo mesmo, nunca estará com ninguém. E por fim, a mais valiosa lição: Seja por uma nova experiência, pela aparição de uma nova pessoa ou mesmo pelo cansaço, toda dor e espera um dia chegam ao fim.
Não há amor que suporte tanta espera, não há desejo que resista ao peso do tempo perdido, não há quem consiga viver uma história sozinho, sem somar.
Então me sentindo liberta do que parecia inviolável, interminável e indestrutível, agora me despeço, desejando a você que viva bem e feliz com o que tem, com o que quis.