terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Relacionando.

Numa tarde chuvosa, a força e a fragilidade da natureza me chamam atenção e me fazem pensar em algumas relações que podem ser feitas com a própria essência humana.
A chuva vem forte, furiosa, e com toda sua força atinge a fragilidade da terra que a ela se entrega, se desfaz, vira lama. Num outro momento, já despida de parte de sua força, banha as flores, as plantas, a grama, que parecem dançar em agradecimento. E quando finalmente a chuva passa e sua música cessa, resta apenas o barulho da goteira do telhado e as gotículas que agora pousam tranquilas e cristalinas nas folhas das plantas.
Então penso, é como a vida. É como você pode encarar de vários ângulos e em varias fases uma só situação, uma só “turbulência” da sua vida. Primeiro machuca, te modifica, incomoda, te desfaz. Mais tarde não passará de um goteira que logo cessará e depois deixará apenas gotas repousadas em você, gotas que não passam de marcas, e se você souber conduzir as coisas, se souber tirar o real sentido e todas as lições das situações em que você passa, verá que te fez crescer e agradecerá também. Assim como uma planta cansada depois de um dia ensolarado agradece o orvalho que na madrugada, cai leve e delicadamente como alívio e recompensa por um dia de sol – um dia de dor para você- .
Então, não seja como a terra, frágil, que no primeiro momento de fúria da chuva se entrega, se desfaz. Seja como a flor ou como a planta, que na hora da fúria se curva, quase tomba, mas resiste. E ao passar da chuva, se ergue novamente, mais forte, mais viva.

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