sexta-feira, 31 de julho de 2009

- Pensamentos Dúbios!

Muitas vezes eu me sento aqui para deitar alguns períodos no papel.
Muitas vezes eu sento aqui, por simples hábito e teimosia.
Vou pensando em coisas mortas, e a caneta vai escrevendo, inconsciente.
Vai abrindo picadas e elucidando caminhos nas paragens mais belas da minha mente.
Vão caindo, junto com a tinta deficiente, pedaços de memória, gritos de loucura
que minha boca não espelha, mas que minha escrita anuncia aos ventos.
E a cabeça dúbia caminha sonolenta na obscuridade agreste de sombrias portas:
Aqui é um segredo que se revela, lá é um mundo que se fecha,
na pausa angustiante de um beco sem saída.
Tantas vezes quis fugir desse caminho!
Nunca mais criar páginas e universos inconstantes,
nunca mais quedar em silêncio desesperançoso
por enxergar no texto, em vez de um anjo... um demônio!
E por que escrevo? Por que me aventuro em pragas enganosas?
Os trilhos são ardilosos, e o sucesso duvidoso,
porque cada letra desenhada é uma incerteza
a pulsar de medo no campo enorme!
Escrevo porque não consigo viver sem um pingo de esperança.
Não consigo viver sem a insanidade de não ter pelo menos uma ilusão!...

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